terça-feira, 4 de novembro de 2008

Agradeço as palavras neste dia tão aspero. Agradeço toda paciencia diante do meu mal humor talvez sem motivo aparente. Sou assim as vezes, sem motivos aparentes.E por ser tão medroso, resolvo ficar em casa, e no fim do dia me chamo de inutil. Me esfolo o joelho que nem moleque, mas nasci ansião. E de tanto me perguntarem como vou, acabei ficando. Acabei resolvendo não ir.Quando alguem me conta do dia que teve fico surpreso. Porque em comparação ao dia agitado de quem vive la fora, o evento do dia foi comer sucrilhos e ouvir madeleine peyroux por horas a fio. Minha escrita esteve adormecida em banho maria, mas agora me sinto menos ingenuo e isso de longe quer dizer mais capaz.Não vou disfarçar o quanto me sinto feliz por isso. Apenas por isso, apenas hoje me ocorre que o luto que não vivemos, é a água que choramos, e que sentimos escorrer até língua, e que é salgada, porque ao contrario do que dizem por ai, temos gosto. Temos desgosto, e isso já é alguma coisa, se não o bastante pra um dia como o de hoje.

Um comentário:

Livia Rios disse...

Fê, é incrível o que você escreve...você não pode parar de fazer isso nunca meu amigo!! Vem muito de dentro, queria usar a palavra visceral mas acho que já está bem gasta, e não acredito em nada gasto pra falar sobre você, porque você é assim, simplesmente único, o mais único dos únicos...e tão sensível!
te amo